Em 2021, a concessão de crédito imobiliário bateu o maior recorde da história do Brasil. O valor alcançou R$ 189,4 bilhões, o que representa um crescimento de 78% em comparação ao mesmo período de 2020. Foram financiados 804,3 mil imóveis nos 11 meses de 2021, resultado 116,9% superior ao mesmo período do ano passado, o melhor resultado da história após o Plano Real. Indicadores mostram ainda incremento tanto no volume de vendas (10,9%) como no de lançamentos (35,3%). Mas o que todos esses resultados têm em comum? A Selic.
De acordo com a Abrainc, um dos principais fatores para o desempenho positivo do setor imobiliário durante boa parte de 2021 deve-se à boa atratividade das taxas que permitiu uma elevação no poder de compra de 35% quando comparado com 2017. E o que isso significa? Que as taxas impactam diretamente na vida dos brasileiros. E a principal delas é a Selic.
O que é a taxa Selic?
É provável que você já tenha ouvido falar sobre ela, mas é possível também que não entenda a forma como essa taxa afeta diretamente a sua vida. A Selic é a taxa básica de juros, índice que baliza todas as demais taxas cobradas pelos bancos no Brasil.
A taxa é utilizada tanto em empréstimos feitos entre os bancos como em aplicações realizadas em títulos públicos federais. Também é ela que norteia o financiamento imobiliário. Por isso, tem um papel fundamental no desempenho do setor e, claro, na realização do sonho do brasileiro de ter a casa própria.
Como ela é determinada?
A Selic é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, a cada 45 dias, em um total de oito encontros por ano. A cada reunião, a taxa pode ser mantida, pode aumentar ou diminuir, mas para isso tem como base o contexto atual e as expectativas futuras sobre a economia.
Em 2021, a Selic ganhou ainda mais notoriedade. Começou o ano com o menor valor da história, em apenas 2%. Porém, com o passar dos meses, a taxa sofreu reajustes e bateu outro recorde. Em dezembro, a taxa chegou a 9,25% ao ano, o maior patamar desde julho de 2017, quando também bateu 9,25% ao ano. Com isso, somente em 2021 os juros subiram 7,25 pontos percentuais, o que representa o maior aumento da série histórica.
Ainda assim e apesar das sucessivas altas, a Selic encerra 2021 abaixo de anos anteriores. Em junho de 2016, por exemplo, a taxa chegou a 14,25%, um dos índices mais expressivos já registrados.
Por que a Selic varia e o que muda com sua alteração?
Basicamente, o Copom aumenta a taxa básica de juros para tentar frear a inflação. O aumento dos juros eleva o preço dos serviços e produtos. O resultado é que as pessoas físicas tendem a comprar menos e as pessoas jurídicas, em geral, contratam menos empréstimos ou fecham menos negócios, como é o caso da compra de imóveis.
Se por um lado, o poder de compra diminui, na contrapartida, a atividade econômica também sofre uma redução, o que é favorável para barrar a inflação.
Mas quando a Selic baixa, como aconteceu no início de 2021, os consumidores têm maior poder de compra e aproveitam a oportunidade, conforme mostram os resultados do ano. A redução da Selic é favorável, entre outros, para a tomada de crédito e para quem quer financiar imóvel. Isso movimenta e aquece a economia.
Como a Selic impacta o mercado imobiliário?
A variação da Selic influencia todos os bens, produtos e serviços. Mas o setor imobiliário é onde as pessoas mais sentem a diferença. O juro mais acessível torna menos pesados os empréstimos e financiamentos e acirra a concorrência entre os bancos que oferecem diferentes e diversas facilidades aos clientes. O aumento da Selic afeta diretamente o valor dos créditos imobiliários, ou seja, fica mais caro financiar imóvel.
O começo de 2021, por exemplo, com a taxa a 2%, foi o período mais favorável para investir no mercado imobiliário. Já no fim do ano, com a Selic a 9,25%, os juros estão mais pesados. Afinal, são contabilizados de acordo com o valor do imóvel e, consequentemente, as prestações ficam mais caras.
E se a compra do imóvel for à vista?
Neste caso, a Selic em alta é positiva. A taxa mais elevada aumenta o valor dos empréstimos e financiamentos, o que diminui a busca por imóveis. Com a procura reduzida, os proprietários e construtoras tendem a baixar os preços para estimular as vendas. Com isso, aumentam as oportunidades de encontrar bom imóveis com preços que cabem no bolso para quem pode pagar à vista.
Qual o melhor momento de comprar ou vender?
Selic alta, Selic baixa, a taxa básica de juros é somente um dos fatores a se levar em conta na hora de comprar ou vender um imóvel. Se você quer saber se este é o momento ideal para você, converse com a Lajeado Imóveis – temos um profundo conhecimento do mercado e um enorme desejo em fazer o melhor negócio para nossos clientes.
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